Rabello foi acionado pelo suplente Ali Veggi logo depois de migrar do PMDB para o PP. O Ministério Público Eleitoral já emitiu parecer pela cassação de mandato com base na resolução 22.610, que regulamentou a exigência da fidelidade a partir de 27 de março do ano passado para cargos proporcionais (vereadores, deputados estaduais e federais).
De acordo com parecer assinado pela procuradora regional eleitoral substituta Léa Batista, Walter não conseguiu comprovar nos autos a tese de justa causa para desfiliação, ou seja, a alegada grave discriminação pessoal e desvio reiterado de programa.
Se os juízes-membros do pleno do TRE acompanharem o parecer do Ministério Público, Rabello perderá a cadeira de deputado e só poderá recorrer da decisão através de recursos sem efeito suspensivo, o que pode ser um grande empecilho para o seu projeto político. Rabello já perdeu este ano a sua principal plataforma política: a vaga de apresentador do programa “Olho vivo na cidade”, exibido pela TV Cidade Verde, afiliada ao SBT. Também viu a maioria dos partidos aderindo às pré-candidaturas dos adversários.
O TRE também julga na sessão de hoje os pedidos de perda de mandato contra os vereadores cuiabanos Deucimar Silva (que trocou o DEM pelo PP) e Chico 2000, que migrou do PPS para o PR, (ver quadro). O MP também já emitiu parecer favorável à cassação de ambos os parlamentares. Ao todo, o Tribunal Regional Eleitoral recebeu 478 pedidos de perda de mandato.
Fonte: A Gazeta /Téo Meneses