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Cia de Talentos de olho nos jovens

Os universitários precisam se capacitar para atuar em um mercado em transformação.

O projeto Jornada para o Futuro quer ajudá-los a se tornar profissionais completos.

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Já sabemos que o mundo está mudando e que precisa de profissionais preparados para encairar suas exigência. No entanto, a conta entre a demanda do mercado e as competências necessárias para atuarmos nesse mundo novo não fecha. Um exemplo vem dos processos seletivos para programas de jovens talentos. Apesar do número de candidatos ser infinitamente maior do que as vagas, nem sempre as empresas conseguem, contratar a quantidade de pessoas que gostariam. Do mais de 1,2 milhões de inscritos em processos conduzidos pela Cia de Talentos 2015, apenas 0,3% foi aprovado. Mesmo considerando estudantes e formandos das universidades mais bem avaliadas, a média de aprovação ainda é muito baixa. O motivo não está ligado a aspecto técnicos. O que realmente impede que essa taxa seja maior são as competência comportamentais, como resiliência, comunicação, adaptabilidade  e empatia – habilidades  necessárias para progredirmos em qualquer área de atuação.

“Dos mais de 1,2 milhão de inscritos em processos da Cia de Talentos em 2015, apenas 0,3% foi aprovado.”

Sabendo disso, a grande pergunta que fica é: como fazer essa conta fechar? A resposta  passa pelo desenvolvimento das habilidades comportamentais dos universitários durante o curso de graduação. Esse é um caminho interessante para que eles possam sair da graduação mais preparados para fazer escolhas e enfrentar os desafios profissionais que virão pela frente.

Para unir as pontas dessa cadeia, está em andamento o programa Jornada do Futuro, que desenvolverá cerca de 6000 universitários dos cursos de engenharia, administração, economia e comunicação social. Entre as atividades a ser realizadas estão: assessments, workshop, desenvolvimento de projetos, reverse mentoring e encontro com líderes das empresas envolvidas. O Insper, a ESPM, a Poli Júnior (empresa júnior de faculdade de engenharia da Universidade de São Paulo) e a Brazilian Student Association )Brasa) estão entre as participantes porque acreditam que essa parceria vai preparar ainda melhor seus alunos, promovendo maior entrosamento em sala de aula preparando-os para a carreira.

E é a primeira vez que grandes organizações investem fortemente em apoiar as escolas e as entidades no desenvolvimento dos universitários. O “consórcio” é formado por Ambev, Avon, Bradesco, Gerdau, GPA, Itaú Unibanco, Mckinsey, Novartis, Odebrecht, PwC, Roche, Suzano, Unilever e Whirlpool.

O principal objetivo dessas empresas é promover um conhecimento mais profundo da dinâmica do ambiente corporativo e suas necessidades. No futuro, essa experiência poderá ser acessada por 100% dos universitário e escolas brasileiras por meio de uma plataforma digital que já está em desenvolvimento. Isso transformará a realidade do mercado e ajudará a construir um Brasil mais competitivo.

 

Autora: Sofia Esteves, fundadora e presidente do conselho administração do Grupo DMRH, professora e pesquisadora de gestão de pessoas.

Fonte: Revista Você S/A – Edição 225 – Fevereiro 2017.