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Geração de emprego – Junho tem maior queda desde 1998

Conforme comentamos na fan page Empregos Cuiabá no Facebook, dava para medir uma queda sensível nas ofertas de vagas de emprego a partir da segunda quinzena do mês de junho, e ainda prevalece.

Hoje a nossa suspeita foi confirmada pelo Ministério do Trabalho, ao divulgar os dados que fazem parte do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), referente ao mês de junho. Aponta a geração de apenas 25.363 novas vagas, o menor saldo de criação de vagas de trabalho com carteira assinada para um mês de junho desde 1998.
No primeiro semestre de 2014, foram gerados 588.671 novos postos de trabalho formal. É o menor saldo para esse período do ano desde 2008 (397.936 vagas).

Esses dados de junho é a diferença entre 1,639 milhão de contratações e 1,614 milhão de desligamentos.

Nos dois casos, houve queda em relação ao mesmo período de 2013, mas as contrações caíram mais que as demissões.

 

QUEM DEMITIU MAIS

O segmento da indústria de transformação foi novamente o setor que puxou a piora nos dados sobre o emprego formal, com fechamento de 28,6 mil postos no mês de junho, seguida pela construção civil (-12 mil) e o comércio (-7 mil).

Por outro lado, Agricultura e Serviços tiveram saldo positivo, respectivamente, de 41 mil e 31 mil.

Com isso no primeiro semestre, apenas o comércio cortou vagas (-58 mil).

Regionalmente, o Nordeste é a única região com saldo negativo na geração de emprego, com o fechamento de 24,4 mil vagas, principalmente em Pernambuco e Alagoas.

Os maiores crescimentos no emprego em relação ao final de 2013 foram o Centro-Oeste, nossa região, em especial o estado de Mato Grosso, e a Sul.

 

EMPREGO NO SEGUNDO SEMESTRE DE 2014

O governo previa a criação de 1.500.000 vagas de emprego em 2014, porém, com os resultados obtidos até junho, baixou a previsão para apenas 1 milhão.

Os analistas não acreditam numa recuperação considerável na criação de vagas para o segundo semestre. Um dos fatores é o fim da Copa do Mundo 2014, por consequência a demissão acentuada dos empregados temporários.

Outro fator é a indústria de embalagens, o setor não está contratando como se esperava, e isso é um sinal que as vagas de empregos temporários para as festividades de final de ano, não será tão aquecida como se esperava.

Esperamos que as vagas de emprego em Cuiabá e Mato Grosso possa retomar o caminho do crescimento, formando exceção do mercado de trabalho nacional.